Zumbi dos Palmares, figura emblematica da luta do povo negro contra a escravidao no Brasil, nasceu no Quilombo dos Palmares, e liderou a resistencia contra a invasao portuguesa no territorio quilombola, e contra o regime escravocrata. Foi assassinado no dia 20 de novembro de 1695. 

Este é um dia muito importante para o povo brasileiro em especial para comunidade negra dado que é o dia oficial da Consciência Negra, uma importante conquista da população afrodescendente. Além de Zumbi celebramos a Dandara e a todo o povo negro que lutou e luta pelo fim do racismo estrutural existente até os dias de hoje na sociedade brasileira. Nossa primeira homenagem foi no dia 20 de Novembro de 2005, interrompida somente no ano de 2020 devido a pandemia. 

Iniciamos a homenagem com uma feijoada, comida de origem das pessoas escravizadas, a nível de confraternização; em seguida realizamos um debate com projeções audiovisuais e diálogos sobre diversidade, luta contra o racismo e temas  relacionados à comunidade negra, tendo como objetivo mostrar a realidade afro brasileira como comunidade em resistência, podendo contar com a participação de pessoas e coletivos africanos.

Após o debate realizamos uma passeata com batucada pelas ruas de Lavapiés até a praça principal do bairro (praça de Lavapiés) onde tem lugar a realizaçao de atividades como roda de capoeira, pela importância que ela tem na resistência do povo negro no Brasil. Na praça ocorrem diversas apresentações com enfoque na cultura e resistecia negra finalizando com um show na Maloka, com apresentaçao de musicos negros. É uma festa reivindicativa e as arrecadações são utilizadas para realizar novas atividades da associação.

No dia 20 de novembro de 2024 realizamos, em parceria com o Museu Situado, o  ato “A Arte como resgate da Ancestralidade” no emblemático auditório do Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía. Contou com a participação dos músicos afro brasileiros Edimundo Santos, Nego Tinho, Eduardo Marreta, João Silva, Hilton Cruz, Batata Galiza, Nego Gil e Okan Kayma, assim como do músico da República Popular do Congo Lycanto e do músico do Senegal Nar Nadiaye. Também participaram a bailarina Jeane Bonfim e o bailarino Ronald Muzzangue. O ato, repleto de música e coreografias, foi intercalado por intervenções, incluindo a participação do Sindicato de Manteros de Madrid.