Saber com Sabor foi um evento realizado com a intenção de aproximarmos um pouco da realidade dos Povos Indígenas do Brasil, um acercamento feito através dos sabores, cheiros, sons, imagens e palavras, possibilitando dessa maneira aumentar os conhecimentos sobre povos que habitam o território que hoje se chama Brasil, muito antes de que foram invadidos por Portugal, e principalmente para tocar nossa inteligência emocional, aproximando nos de culturas que precisam ser conhecidas, sentidas, amadas, respeitadas… receber nosso apoio e reconhecimento pelo importante papel que ocupam cuidando dos biomas naturais e preservando a vida no país e no planeta.
A mandioca – do tupi “Mani Oca” ou “Casa de Mani”, que recebeu esse nome em homenagem a Mani, filha falecida de um pajé, foi o prato principal. Enquanto preparávamos um pirão – termo que procede do tupi “mimdipi’rõ” que significa “ensopado” – contamos a lenda da mandioca, falamos do povo tupi e das inúmeras qualidades dessa raiz. Houve também mandioca na manteiga, acompanhada por arroz e salada. De sobremesa bolo de mandioca cremoso.
A comida foi compartilhada na mesa coletiva e os gastos divididos entre as pessoas participantes. De fundo sempre música originária de diferentes povos.
Passada a comida projetamos vários vídeos da Mídia Indígena, da série “Cura da Terra”, de 2020 e o vídeo de animação “A Festa dos Encantados”, uma lenda do povo Guajajara. Todos podem ser encontrados na página https://www.youtube.com/@tvmidiaindigena .
Em seguida foi o momento de conversar sobre a realidade dos povos originários do Brasil, falar sobre o Acampamento Terra Livre, a maior manifestação indigena do Brasil que acontece há vinte anos em Brasília, falar sobre a luta contra o “marco temporal”, a inconstitucionalidade da Lei 14.701/2023, mais conhecida como Lei do Genocidio, que proporciona a “legalização” de crimes e premia os invasores dos territórios. Deixamos aqui alguns links da APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil para que possam conhecer essa realidade e apoiar os primeiros habitantes, reconhecendo sua ancestralidade, seus direitos e importância para a manutenção da vida.